segunda-feira, 21 de junho de 2010

Momentos de esperança.

Na leitura dos diários, os jovens diaristas nos deixam a visão de como a guerra os força para um autoconhecimento. E através de suas próprias palavras é possível perceber quando ocorre um amadurecimento de suas idéias e decisões.
Com o mesmo princípio do estudo anterior fomos à busca dos relatos destes momentos nos diários, quando a esperança, os planos, os sonhos são sentimentos predominantes apesar de toda dor existente na guerra. Em roda nos preparamos para um diálogo entre todas as narrativas em diferentes tempos que poderiam ser contadas.


“ Nestes dias grandes desejos são despertados dentro de mim, instando-me a absorver diretamente a matéria do mundo, seus elementos e características. Me parece que estou redescobrindo meus sentimentos, ou quem sabe recuperando-os.” – Trecho do diário de Hoda Thamir Jehad/ Iraque – 2003

“ Querido diário, atravessamos uma longa jornada juntos, eu e você, e agora chegamos a uma encruzilhada. Precisamos nos despedir aqui – infelizmente tenho de dizer adeus, querido amigo. Sua jornada terminou e pertence ao passado. A minha é o futuro – uma estrada que preciso percorrer e começar uma nova vida. Suas páginas são as memórias mais preciosas dos últimos três anos e meio da minha vida, e para sempre vou me lembrar das experiências que compartilhei com minha família e minhas colegas de confinamento. Com o tempo, a tristeza e a amargura serão substituídas pela compaixão, compreensão e pelo amor ao próximo. As memórias duram muito mais do que os sonhos/ São muito mais fortes do que os sonhos.” - Trecho do diário de Sheila Allan/ Cingapura – 1945

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